Textos

O FANATISMO RELIGIOSO E POLÍTICO QUE ASSOLA A SOCIEDADE!

O FANATISMO RELIGIOSO E POLÍTICO QUE ASSOLA A SOCIEDADE! 
O fanatismo religioso não provém da espiritualidade, como também o político de uma ideologia saudável, mas da manipulação cultural, social e política. Geralmente estas pessoas acabam enfraquecendo o espírito, porque estão envolvidas em dogmas que as alienam da realidade como num todo, que roubam a sua liberdade de pensar e de se expressarem num diálogo aberto e sincero com quem pensa diferente. 
Tanto o fanatismo religioso e político são uma forma de fanatismo caracterizada pela “devoção” incondicional, exaltada e completamente isenta de espírito crítico, a uma ideia ou concepção religiosa e política. Em geral, esses tipos de fanatismos também se caracterizam pela intolerância em relação às demais crenças religiosas e ideologias sociais e políticas. Há pessoa se tornam cegas, intolerantes e violentas! Não são capazes de compreender e acolher o outro como seu irmão! 
A Sagrada Escritura nos alerta contra o fanatismo, que é definido como zelo excessivo e acrítico. Vejam algumas citações que nos alertam a respeito dessa questão. São elas: 
“Se alguém entre vós supõe ser religioso, e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a religião desse é vã”. (Tiago 1,26)

“Porque não te inclinarás diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso; é um Deus zeloso” (Êxodo 34,14). 

“Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” (Tiago 4,5). 

O fanatismo político e religioso podemos afirmar que atrofia a mente das pessoas, provocando propositadamente um distanciamento da realidade. Ambos deformam o Estado e à Igreja. Funcionam como anestesia, ou uma droga, a necessária “receita” de controle de poder civil e religioso sobre as massas. É algo diabólico! 
As pessoas crítica e os intelectuais, os livres pensadores, neste sistema, passam a ser considerados como uma espécie de vírus letal que precisa ser contido, isolado, desmoralizado, e se necessário destruído e eliminado. Lamentavelmente, no Brasil se utilizam o termo comunista! 
O grande pensador Paulo Freire, o Padre Júlio Lancellotti e o Papa Francisco e muitos outros, são rotulados de comunistas! São homens que fizeram e fazem somente o BEM. Porem são brutalmente rotulados, odiados  e injustamente perseguidos! 
O fanatismo político e religioso visam sempre a promoção da imagem e a imposição pessoal e personalizada de seu pensamento e dos seus “mitos”. Inexoravelmente, em sua fase inicial, cedo ou tarde ou mais cedo do que se espera promovem a ruptura radical com tudo aquilo que se opõe a sua corrente de pensamento. Esse é o desserviço produzido pelo fanatismo! Depois ocorre a imposição de uma corrente única de pensamento, gerando a aculturação das massas.
Juntos eles representam uma séria ameaça as liberdades individuais e coletivas, a democracia, e historicamente sempre acabam em desgraça e atraso às sociedades.
Ambos são irmãos gêmeos de uma ignorância cega, que empurraram as pessoas ao abismo da intolerância política e religiosa, da desagregação, do ódio e da violência extrema.
O Divino Mestre, no ápice de seu Sermão da Montanha nos disse:
“ Deixai-os! São cegos e guias de cegos. Mas se um cego guiar a outro cego, virão ambos a cair na cova.” (São Mateus 15-13:14);
“ Desabaram aguaceiros, transbordaram os rios, sopraram os vendavais, dando de rijo contra essa casa, e ela caiu, e foi grande a sua queda.” (São Mateus 7-24:27)
Vou concluindo afirmando que o fanatismo e à própria atitude autoritária do fanático, a filosofia, a ética, a religião e a política contrapõem-se a tolerância, isto é, a atitude e capacidade de admitir, nos outros, maneiras de pensar, de agir e de sentir diferentes, ou mesmo totalmente opostas às nossas. Quando nenhum cidadão sofre violência, perseguição política ou policial, diminuição ou perda de direitos, ou ainda qualquer tipo de discriminação por causa de suas convicções, é porque a tolerância prevalece na sociedade. 
Busquemos viver a nossa fé e a nossa dimensão politica de forma correta e harmoniosa no sentido de respeitar, de sermos tolerantes com quem pensa diferente de nós. Somos todos livres e irmãos! 
Pe Marcelo Campos da Silva D’Ippolito

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *