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Ano Jubilar: Oitava Bem Aventurança!

Ano Jubilar: Peregrinos de Esperança! Oitava Bem Aventuranças!

Como havia escrito no texto precedente, vamos dar continuidade à série das bem-aventuranças. Hoje quero à luz desse ano jubilar, falar a respeito da oitava bem-aventurança, que é: Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos céus.

Justiça! O que é justiça para você? É não haver delito ou crime algum sem punição? É não haver miséria e abandono, ou seja, é quando há igualdade? A justiça divina é muito mais do que isso… é o que mantém o equilíbrio e todas as outras leis divinas em pleno funcionamento! Temos a justiça humana, restrita a determinada época e lugar e temos a justiça universal, atemporal, imutável.

Por incrível que pareça, a vida cristã inclui perseguição e sofrimento. Mas para compreendermos bem o que Jesus está ensinando nessa bem-aventurança, precisamos saber o motivo da perseguição.
Pois bem, Jesus diz claramente que são bem-aventurados os perseguidos “POR CAUSA DA JUSTIÇA.” O motivo da perseguição é a justiça! Essa justiça vem de Cristo e nos identifica com Cristo. No evangelho de São João 15, 18-20 o Senhor Jesus nos diz: “Se o mundo os odeia, tenha em mente que antes me odiou.” Somos peregrinos da Esperança e nada pode roubar nassa confiança no Senhor Jesus!

Se perseguiram o Mestre e Senhor, também seremos perseguidos. A nossa identificação com Jesus Cristo é a razão da nossa perseguição. A perseguição indica que estamos nos tornando mais e mais parecidos Cristo. Caso contrário, devemos duvidar da nossa missão! Cabe algumas perguntas para nossa reflexão: Por que não tenho sofrido perseguição em minha caminhada cristã? Será que tenho vivido uma vida cristã sem profetismo? A maneira como eu vivo tem evidenciado o caráter de Jesus ao ponto de impactar as pessoas que vivem ao meu redor? A perseguição que tenho sofrido é por causa da justiça do reino de Deus ou porque tenho sido um cristão inconveniente?

Quando somos perseguidos por causa da justiça e pensamos se somos dignos dela, podemos permanecer resolutos de que o reino dos céus é nosso. Outrossim, ela é uma fonte de alegria porque nela nós somos identificados com o Senhor Jesus(Mt 10,25; At 5,41). Nunca podemos esquecer que a perseguição é uma placa de sinalização nos guiando pelo caminho do mestre.

O caminho da cruz não é uma eletiva na escola de Cristo (Mt 10, 24–25). Não há outro caminho para a vida exceto o caminho cruciforme. Também ela nos convida a fazer um inventário quando não estamos experimentando perseguição. Todos que vivem uma vida cristã de verdade e profética serão perseguidos (2 Tm 2, 12). Devemos ficar atentos a nós mesmos quando o mundo só tem coisas boas a dizer sobre nós (Lucas 6, 26).

A ausência de perseguição pode ser porque nós estamos nos conformando muito bem com o mundo e com suas injustiças. Caso contrário estaríamos trocando o nosso discipulado cristão por uma cidadania que exclui a justiça.

Para concluir quero afirmar que a Sagrada Escritura fala sobre justiça em vários versículos e capítulos, e a palavra “justiça” aparece mais de 550 vezes. A Bíblia afirma que a justiça é um dos atributos de Deus e que Ele ama a justiça. Se o próprio Senhor ama a justiça, Ele é a nossa justiça não devemos ter medo de vivermos e lutarmos pela JUSTIÇA DO REINO!

Lembremos a promessa do apóstolo São Paulo em Romano 8, 18 que nos diz:”para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. E também do versículo 35-39: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Contudo, o sofrimento de quem busca a justiça tem um significado profundo: é a identificação com Cristo, que também sofreu por amor aos outros e pela promoção do Reino de Deus.

Reflitamos… E na próxima falarei da nona e última bem-aventurança. Até lá!

Pe Marcelo Campos da Silva D’Ippolito

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