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AGRESSÃO: BEM COMUM NESSE PERÍODO ELEITORAL

Ao assistir as notícias e acompanhar as redes sociais, percebemos que as agressões verbais e até mesmo físicas, estão presentes nos discursos, nos debates das grandes cidades nesse momento eleitoral.

O grande doutor da Igreja Santo Tomás de Aquino na Suma Teológica, no Tratado sobre a Justiça, na Questão 72, ele fala da
contumélia que se refere a ofensa verbal ou injuria no sentido de atingir a honra das pessoas.

É lamentável vermos esse baixo escalão de palavras e outros recursos das mídias sociais, vindas de homens que podem se tornar nossos governantes, se ofendendo e nos atingindo porque fazemos nossas escolhas e somos agredidos através dos nossos candidatos.

Cada pleito eleitoral fico enojado em ver que a política brasileira, é cada vez mais uma politicagem em vez de politica, os interesses dos grupos sempre se sobressaem, e o povo se torna cada vez mas massa de manobra.

Diante das críticas infundadas, das fakes News que convencem a nossa população, como seria bom que os nossos candidatos aprendessem o que de fato é a política.

O nosso querido Papa Francisco nos ensina:

“A política é acima de tudo a arte do encontro. Certamente, este encontro é vivido acolhendo o outro e aceitando sua diferença, num diálogo respeitoso”. Outrossim, diante dessa contumélia o pontífice afirma: “Somos chamados a viver o encontro político como um encontro fraterno, especialmente com aqueles que menos concordam conosco; e isso significa ver naquele com quem dialogamos um verdadeiro irmão, um filho amado de Deus.”

Infelizmente, as pessoas se veem como inimigas, e o mais absurdo é que alguns desses candidatos se rotulam “cristãos”, defensores da verdade, da religião e da família. E tudo isso tem criado divisões entre amigos e familiares. É um verdadeiro desserviço a sociedade!

Como nos afirma Francisco:

“A politica é a arte do encontro que deve começar com uma mudança de olhar sobre o outro, com um acolhimento e respeito de sua pessoa sem condições.”

Precisamos todos crescer (candidatos e eleitores) nesta busca de diálogo fraterno e respeitoso, o que cabe aos nossos candidatos é nos convencer com suas propostas. Se não houver essa mudança nos corações a política corre o risco de se transformar num confronto muitas vezes violento, e isso levará sempre ao triunfo das próprias ideias, numa busca sempre dos interesses particulares, mesquinhos e não do BEM COMUM.

Conclui o Papa Francisco:

”Como cristãos, entendemos que a política se leva adiante com uma reflexão comum, em busca desse bem geral, e não simplesmente com o confronto de interesses conflitantes e muitas vezes opostos. Em síntese, “o todo é maior que a parte” e nossa bússola para elaborar este projeto comum é o Evangelho, que traz ao mundo uma visão profundamente positiva do ser humano amado por Deus.”

Por fim, se faz necessário ressaltar como dizia é o Papa Pio XI: “a política é a mais alta forma de caridade”. Portanto, condição sine qua non o envolvimento na Política por parte de todo cristão. Cabe aos leigos cristãos se envolver no mundo da política.

A Política está muito desacreditada, mas eu pergunto: está desacreditada por que? Respondo: os cristãos não se envolvem nela com espírito evangélico? É fácil dizer que a culpa é dos outros… Mas eu, o que estou fazendo? Isto é um dever de todo cidadão e cristão! Nunca podemos deixar de trabalhar pelo bem comum que é um imperativo de todo cristão.

Pe Marcelo Campos da Silva D’Ippolito

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