A CONSCIÊNCIA MORAL!
Na noite desta segunda-feira participei no Seminário diocesano da nossa diocese de Nova Friburgo da última missa de dom Luiz Antônio Lopes Ricci como bispo diocesano e o primeiro dos formadores.
Estavam presentes alguns padres além dos formadores. Uma presença ecumênica do Pastor Gerson Acker da Igreja Luterana de Nova Friburgo.
Em sua homilia o senhor bispo destacou o valor da comunhão, do diálogo e da unidade. Agradeceu a presença amiga do Pastor Gerson que sempre foi uma amizade cristã e ecumênica, ressaltando o valor do ecumenismo num tempo de tantas intolerâncias!
Destacou que durante os quase cinco anos procurou falar para os seminaristas da necessidade de viverem o Espírito da Igreja Conciliar, de não se deixarem influenciar pelos chamados “magistérios” paralelos tão presente em nossa igreja que tanto mal tem feito! E falou: “quem não se sente incluído nesta igreja conciliar, deveria buscar um novo caminho”.
Espero que o próximo bispo tenha a mesma coragem de continuar com essa insistência. Lamentavelmente, vejo que alguns seminaristas vivem um romantismo, um ideal de sacerdócio desconectado da igreja que pulsa o caminho do Vaticano II e do magistério do nosso amado Papa Francisco.
Outrossim, destacou as grandes guerras e crises presente entre nós. Entre muitas palavras registrei a seguinte frase: “Vivemos em nosso tempo uma profunda crise da consciência moral”.
É verdade! As pessoas estão hipnotizadas e tão fanáticas que não conseguem fazer uma leitura racional e inteligente das próprias opiniões, dos fatos e se tornam apáticas perdendo o sentido da consciência moral e dos seus atos que geram trágicas consequências.
Estamos contemplando que diante das guerras que se arrastam entre nós a anos, as pessoas assumem seus lados e acham normal as mortes de crianças, de adultos e a destruição de tudo como se nada tivesse uma implicação com a nossa consciência moral, religiosa e até mesmo social. Não podemos em nome das nossas escolhas achar que tudo é possível e normal!
O bem e a vida devem prevalecer acima das nossas opções pessoais. Não podemos compactuar com o genocídio, com a violência e achar que tudo é natural… Não temos o direito eliminar o outro! Como diz o Papa Francisco: “Somos todos irmãos”!
Temos que ter a capacidade moral de avaliar a qualidade moral de nossos ações, e de escolher entre o bem e o mal. É uma característica íntima de todos nós que está ligada à dignidade humana de todos os seres humanos.
Precisamos reacender a chama da nossa consciência, que está presente no íntimo de qualquer pessoa e indissociável à dignidade humana, que nos permite avaliar a qualidade moral dos atos realizados ou ainda por realizar, permitindo-nos assim assumir a responsabilidade com liberdade para escolher entre o bem e o mal.
Infelizmente, as distorções entre o bem e o mal, onde o mal passa ser o bem e vice versa, tem feito com que muitos percam a retidão da sua consciência moral, perdendo a racionalidade de distinguir o verdadeiro do falso.
Vou concluindo chamando a atenção que precisamos conhecer os nossos atos morais que envolvem nossas decisões pessoais, os motivos, as intenções e os meios se são adequados ou não, e os resultados e as suas consequências que podem gerar vida ou morte.
Reflitamos!!!
Pe Marcelo Campos da Silva D’Ippolito
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