Ano Jubilar: Peregrinos de Esperança! Quarta Bem- Aventurança!
Como havia escrito no texto precedente, vamos dar continuidade à série das bem-aventuranças. Hoje quero, à luz desse ano jubilar, falar a respeito da quarta bem-aventurança, que é: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados”.
Olhando para a nossa constituição física, a fome e a sede estão relacionadas à sobrevivência de todos nós seres humanos. Portanto, é evidente que quando alguém sente fome e sede é porque ainda está vivo, e precisa dessas duas realidades para permanecer e continuar vivendo. São elementos que fazem parte da nossa vida.
Neste ano Jubilar, somos chamados a nos compadecer com aqueles que sentem na própria vida a falta de alimentos para sobreviver. Sabemos que existem muitas injustiças sociais entre nós, que negam o direito desses elementos básicos para a sobrevivência de qualquer pessoa. Como cristãos, não podemos ficar insensíveis à dor dos irmãos. É tempo de conversão!
Quando olhamos para a dimensão espiritual, temos a plena consciência que somente o Senhor Jesus pode saciar a nossa sede. “Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna” (João 4,13-14).
Todos sabemos que a água é de suma importância para hidratação física, também representa a renovação espiritual; ano jubilar é uma ocasião propícia para deixarmos o Espírito nos transformar! Lembram dessa linda passagem mulher samaritana no poço (João 4, 10-14), Jesus explica que a água que Ele oferece leva à vida eterna — um convite que transcende a sede meramente física. Busquemos!
O ano jubilar quer nos ajudar e para isso precisamos responder algumas questões: Tenho sede das palavras de Jesus? Tenho sede da água viva que é Jesus? Qual é o poço que busco saciar a minha sede? Ofereço desta água viva para os meus irmãos?
Outrossim, procuro ter fome e sede de fazer a vontade de Deus, sabemos que quando procuramos fazer a Sua vontade Ele nos deixa completamente satisfeitos. Caso contrário, estaremos sempre com fome e sede!
Quando contemplamos as ações de Jesus percebemos que Ele sempre teve uma atenção toda particular de não deixar o povo partir com fome, por isso, se preocupou em alimentá-los. Insisto em reafirmar que esse ano jubilar deve despertar em nós essa preocupação, com a fome no mundo, seja com a fome de Deus ou de alimento material. Um cristão não se conforma com as injustiças deste mundo; pelo contrário, ele se torna solidário. Peçamos a graça do Espírito Santo de Deus para gerar no coração de cada homem e, sobretudo, dos nossos governantes o compromisso de gerar políticas públicas que matem a fome e a sede materiais do povo brasileiro.
Vou concluir afirmando que para saciarmos nossa sede de Deus, precisamos nos envolver nas práticas que promovem a conexão espiritual. Isso pode incluir a participação em cultos, a prática da meditação, a leitura de textos sagrados e a realização de atos de caridade.
Reflitamos… E na próxima falarei da quinta bem-aventurança. Até lá!
Pe Marcelo Campos da Silva D’Ippolito